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1.
Rev. bras. educ. méd ; 42(4): 191-200, out.-dez. 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-977550

ABSTRACT

ABSTRACT Medical training is current topic of discussion both on the national and international stage due to changes in contemporary society and the consequent health demands. In Brazil, insertion into the workplace of the Primary Health Care (PHC) student is recommended throughout the medical course. However, such insertion is hampered by inadequate practical scenarios, the lack of preceptors, insufficient training of general practitioners to receive students, teachers without adequate training in teaching in the area and resistance by teachers of traditional disciplines. This article describes and analyzes a model for insertion into PHC and Family and Community Medicine (FCM) of students from a medical course in São Paulo, the challenges of teaching-management integration and the actions that help to address these issues. The proposal is based on educational objectives aimed at developing competences (knowledge, skills and attitudes) so that the student can offer comprehensive care, understanding the individual in the context of family, social and environmental life. The program contents were developed to provide learning in an increasing degree of complexity, connecting previous knowledge to new knowledge. From this starting point, the development of the educational project has as innovative brand involving a combination of planning and educational management that adopts the following measures to improve the quality of the teaching-learning process: (1) insertion of students into Basic Health Units (BHU) from the first year to internship; (2) hiring family doctors as faculty staff; (3) integration of the contents of the Family Medicine and PHC modules with the contents of other disciplines, such as Epidemiology, Health Policies and Evidence-Based Medicine; (4) critically questioning teaching methodologies regarding their suitability for the topic addressed and the student and teacher profiles; (5) formative assessments; (6) pedagogical improvement for teachers and preceptors for the exercise of teaching in health; (7) practices that encourage students to work in interprofessional teams; (8) encouragement of national and international exchange programs for undergraduate and residency students in FCM; (9) promotion of the publication of books, articles and research in PHC. Among the facilitating factors for the good progress of this teaching proposal, it is highlighted that FCM and PHC are the axial foundations of the political-pedagogical project of the medical course and are developed in an institution that has a long history of assistance and teaching in the health area, contributing significantly to service-school integration. Dialogue is required for the execution of didactic activities in the practical settings, due to the proximity between local management, preceptors and teacher-managers. Another factor which strengthens the proposal is the investment in the preceptor team through training, participation in the construction and integration of content proposed in the FCM modules and a human resources policy that values them. Thus, it is considered that the presentation of this initiative could contribute to the debate on educational models for curricular insertion into FCM and PHC, and the related challenges and possibilities in contemporary medical education.


RESUMO Em contexto nacional e internacional, discute-se a formação médica devido às mudanças na sociedade contemporânea e suas demandas de saúde. No Brasil, preconiza-se a inserção do aluno na Atenção Primária à Saúde (APS) durante todo o curso médico. Tal inserção é dificultada pelos cenários práticos inadequados, pela falta de preceptores, pela formação insuficiente dos médicos generalistas para receber estudantes, pelos docentes sem capacitação adequada para o ensino na área e pela resistência de docentes de disciplinas tradicionais. Este artigo descreve e analisa um modelo de inserção da APS e Medicina de Família e Comunidade (MFC) em um curso médico no município de São Paulo, os desafios da articulação ensino-gestão e as ações que ajudam a enfrentá-los. A proposta parte de objetivos educacionais que visam desenvolver competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) para que o aluno possa oferecer cuidado integral, compreendendo o indivíduo no contexto de vida familiar, social e ambiental. Os conteúdos programáticos foram desenvolvidos para propiciar aprendizagem em grau crescente de complexidade, articulando saberes prévios com novos saberes. Deste ponto de partida, o desenvolvimento do projeto educacional tem como marca inovadora a combinação de planejamento e gestão educacional que adota as seguintes medidas para aprimorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem: (1) inserção dos alunos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do primeiro ano ao internato; (2) contratação de médicos de família como docentes da faculdade; (3) integração dos conteúdos dos módulos de Medicina de Família e APS com os conteúdos de outras disciplinas, como Epidemiologia, Políticas de Saúde e Medicina Baseada em Evidências; (4) metodologias de ensino problematizadoras adequadas à temática abordada e ao perfil do estudante e do docente; (5) avaliações formativas; (6) aprimoramento pedagógico para docentes e preceptores para o exercício do ensino em saúde; (7) práticas que estimulem o aluno a trabalhar em equipes interprofissionais; (8) incentivo a programas de intercâmbio nacionais e internacionais para alunos de graduação e de residência em MFC; (9) fomento à publicação de livros, artigos e pesquisa em APS. Entre os fatores facilitadores para o bom andamento dessa proposta de ensino, ressalta-se o fato de que MFC e APS são fundamentos axiais do projeto político-pedagógico do curso médico e se desenvolvem em uma instituição que tem longa história de assistência e ensino na área da saúde, contribuindo fortemente para a integração serviço-escola. A interlocução necessária às atividades didáticas nos cenários de prática se dá pela proximidade entre gestão local, preceptores e gestores-docentes. Outro fator de fortalecimento da proposta é o investimento na equipe de preceptores por meio de capacitação, participação na construção e na integração de conteúdos propostos nos módulos de MFC e a política de recursos humanos que os valoriza. Assim, considera-se que a apresentação desta iniciativa poda contribuir para o debate de modelos educacionais para inserção curricular da MFC e APS, seus desafios e possibilidades na educação médica contemporânea.

2.
Rev. bras. educ. méd ; 41(2): 336-345, abr.-jun. 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-898109

ABSTRACT

RESUMO Em contexto nacional e internacional, discute-se a formação médica devido às mudanças na sociedade contemporânea e suas demandas de saúde. No Brasil, preconiza-se a inserção do aluno na Atenção Primária à Saúde (APS) durante todo o curso médico. Tal inserção é dificultada pelos cenários práticos inadequados, pela falta de preceptores, pela formação insuficiente dos médicos generalistas para receber estudantes, pelos docentes sem capacitação adequada para o ensino na área e pela resistência de docentes de disciplinas tradicionais. Este artigo descreve e analisa um modelo de inserção da APS e Medicina de Família e Comunidade (MFC) em um curso médico no município de São Paulo, os desafios da articulação ensino-gestão e as ações que ajudam a enfrentá-los. A proposta parte de objetivos educacionais que visam desenvolver competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) para que o aluno possa oferecer cuidado integral, compreendendo o indivíduo no contexto de vida familiar, social e ambiental. Os conteúdos programáticos foram desenvolvidos para propiciar aprendizagem em grau crescente de complexidade, articulando saberes prévios com novos saberes. Deste ponto de partida, o desenvolvimento do projeto educacional tem como marca inovadora a combinação de planejamento e gestão educacional que adota as seguintes medidas para aprimorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem: (1) inserção dos alunos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do primeiro ano ao internato; (2) contratação de médicos de família como docentes da faculdade; (3) integração dos conteúdos dos módulos de Medicina de Família e APS com os conteúdos de outras disciplinas, como Epidemiologia, Políticas de Saúde e Medicina Baseada em Evidências; (4) metodologias de ensino problematizadoras adequadas à temática abordada e ao perfil do estudante e do docente; (5) avaliações formativas; (6) aprimoramento pedagógico para docentes e preceptores para o exercício do ensino em saúde; (7) práticas que estimulem o aluno a trabalhar em equipes interprofissionais; (8) incentivo a programas de intercâmbio nacionais e internacionais para alunos de graduação e de residência em MFC; (9) fomento à publicação de livros, artigos e pesquisa em APS. Entre os fatores facilitadores para o bom andamento dessa proposta de ensino, ressalta-se o fato de que MFC e APS são fundamentos axiais do projeto político-pedagógico do curso médico e se desenvolvem em uma instituição que tem longa história de assistência e ensino na área da saúde, contribuindo fortemente para a integração serviço-escola. A interlocução necessária às atividades didáticas nos cenários de prática se dá pela proximidade entre gestão local, preceptores e gestores-docentes. Outro fator de fortalecimento da proposta é o investimento na equipe de preceptores por meio de capacitação, participação na construção e na integração de conteúdos propostos nos módulos de MFC e a política de recursos humanos que os valoriza. Assim, considera-se que a apresentação desta iniciativa poda contribuir para o debate de modelos educacionais para inserção curricular da MFC e APS, seus desafios e possibilidades na educação médica contemporânea.


ABSTRACT Medical education has been heavily debated in both national and international contexts due to changes in society and public health demands. In Brazil, it is postulated that learning in Primary Health Care (PHC) should occur throughout the entire medical course. Learning in PHC has faced some barriers such as inadequate environment for medical practice, including a lack of supervisors and general practitioners with insufficient training to assist students, lack of lecturers with expertise in the area, and resistance from traditional faculties to include PHC in the curriculum. This paper addresses an educational model to include PHC and family medicine in a medical school curriculum in the city of São Paulo, Brazil. Furthermore, we describe the challenges of tying in educational and managerial objectives in the context of primary care services, and how to overcome such challenges. Our proposal is based on using educational objectives to develop student competencies (knowledge, skills and attitudes) so they can provide comprehensive care as regards the individual's background (social, family and environmental). Students are exposed to increasingly complex educational content that requires connecting new knowledge to previous knowledge. The innovative aspect of this educational project is its integration of planning and educational management, involving the following strategies to achieve a better quality learning process: (1) Students in primary care services from the first to the last semester of the course; (2) Hiring family doctors as faculty members; (3) Integrating PHC and family medicine with the contents of other subjects such as epidemiology, public health policies and evidenced-based medicine; (4) Using problem-solving methodologies suitable both to the studied theme and to student and lecturer profiles; (5) Formative evaluations; (6) Improving teaching skills for lecturers and field supervisors; (7) Implementing practices to encourage students to work in multi-professional teams; (8) Motivating students to take part in interchange programs with national and international institutions; and (9) Encouraging the publications of books, scientific papers and research into PHC and family medicine. Several factors facilitate the success of this educational proposal, including: PHC and family medicine being underlying matters in the political-pedagogical faculty project; the educational setting being that of an institution with a long history of health education, public care provision and contributions to service-learning integration; the close relationship between health service managers, lecturers and supervisors, which facilitates coordination between the theoretical content and practice in PHC; the investments made to develop supervisor teaching skills, to support their participation in the debate about relevant family medicine content, and in the discussion about integrating theory with practice; and finally the human resource policies that raise the value of family doctors who are also supervisors. We hope this experience contributes to enhancing the debate about PHC and family medicine educational models in medical courses, and the related challenges and possibilities within medical training.

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